Agradecido

Akins Kintê

Compositor: Akins Kintê

Meu fio tem pedrinha dourada
E as contas reluzem o azul
Meu fio por Iemanjá fiado
Me acompanha de norte a sul

Traz a certeza esse meu fio
No fio da vida o que resta
O equilíbrio na floresta
Compreender as águas do rio

Esse meu fio quando nada presta
E pela fresta espreita a tristeza
É o mesmo fio que ajeita
Não perder a fé

Traz a certeza esse meu fio
No fio da vida o que resta
O equilíbrio na floresta
Compreender as águas do rio
Esse meu fio quando nada presta
E pela fresta espreita a tristeza
É o mesmo fio que ajeita
Do pessoal de Odé

‘Mil perdões, pelo verso torto
Gratidão pela cura
A feiura de meu olhar morto
Arrancaste
Agradecido pelo porto
Que das enchentes me afastaste
Não houve mágoa que afogasse
Nem ganância que afagasse
Viver longe da minha gente”

‘Entenda será uma cura
O incrédulo entenderia
Seu ancestral sua fartura
Filho do príncipe prisma alegria
Entre a queixa e dúvida do eixo
Até baque só uma flecha
Sem umas deixa. Tem fé no Orixá chapa?
Volta o inicio, sai do vicio, sai do lixo
Príncipe principia palmo a palmo
Rua a rua
Vai na certa de Oxum, vai na fé de Oxóssi
Sem buchicho
Vai tranqüilo e vai calmo
A selva é sua

O meu fio me guarda em segredo
Suaviza a tensão doce brisa
E com chuva as vezes me avisa
Pra ter coragem no medo

Assim afio á frieza
Ou esboço do peito um riso
O meu fio amola dureza
E lapida o choro preciso

Apara o pranto pelo ponto
Lavando guia ponta a ponta
É da nobreza
Conta então um conto
Enquanto afia a conta
Reza

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